domingo, 11 de abril de 2010

Rafael T.Y.K.Lu (biografia) - 7º ano EF


Meu Natal Familiar
Faz parte da história de minha família as reuniões no Natal, porém este que relato agora foi particularmente diferente de todos os outros.
Meu tio resolveu trazer para sua casa toda a família dele - isso pouco me agradou, pois não teria total liberdade para brincar com meus primos e, pior, teria de fazer cara de felicidade natalina.
Quando cheguei, vi que havia muitas pessoas: meu avô, minha avó e..., espere, o que é aquilo? Meus olhos foram atraídos para umas figuras bizarras: um homem com dentes bem estragados, um adolescente que possuía uma cara em torno de tantas espinhas e outra adolescente (normal!).
Ao me misturar a eles, fui recebendo gentis sorrisos, aos quais tive de retribuir.
Ainda bem que o tempo passou rápido. Chamaram-nos para o jantar. Sentamo-nos e começamos o ritual da comilança. Minha irmã, tão assustada como eu, só na observação daquelas bocas insaciáveis.
A vontade de brincar com meus primos era maior do que qualquer outra atividade naquele ambiente, mas nada podia fazer a não ser participar do fingido bem-estar familiar.
Terminado o jantar, fomos trocar os presentes (bem vou poupá-lo desta parte de quem entregou presente para quem!)
O mais gostoso desta reunião, para mim, não foram os presentes e sim uma atividade que me descobri um especialista: detectar o parente mais feio, mais grotesco, quase repugnante! Sentado em local estratégico, fui destacando elemento por elemento: cabelo ninho de passarinho, nariz torto, olhos esbugalhados, óculos inadequados, boca assustadora e assim por diante. O merecedor do prêmio SOU MESMO FEIO foi o tio de meus primos. O homem chegava a assustar quem não estivesse preparado para visões apocalípticas.
Não posso reclamar deste meu Natal. Pude ver que minha família é composta de uma diversidade de formas e cores. Também me orgulho de ter escolhido o parente mais feio e tê-lo premiado com um troféu a altura de sua deformidade.
Enquanto todos se despediam da noite tão singular, fui correndo ao banheiro, sabe como é, muito líquido ingerido tem as suas consequências. E conhecendo meu pai, sei que ele me esganaria caso pedisse para parar o carro a fim de me aliviar.
Em casa, à 1 da manhã, vi que os presentes trazidos por Papai Noel estavam lá. Bem, eu já sabia que o bom velhinho não existia, mas tinha de representar o papel de ingenuidade a fim de continuar a infância de minha irmã.
Bem, dessa forma, terminou o melhor Natal que já havia vivido.

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