quarta-feira, 15 de setembro de 2010

Adaptação de uma personagem, 8º ano - Glenda Rodrigues

Bibiana
Bibiana morava na cidade grande, onde tinha tudo o que queria. Sua família era muito rica, sua mãe, Helen, possuía uma usina de açúcar e álcool; seu pai, Martim, trabalhava como investigador de polícia. Ambos queriam que sua filha se casasse, sendo assim, sempre lhe apresentavam pretendentes, que vinham de famílias boas e ricas, mas Bibiana nunca se interessava. Ela dizia amiúde que por si mesma encontraria uma pessoa para se casar.
Uma dia, Martim recebeu uma notícia. Teria de trabalhar em uma investigação em uma cidade do interior do estado. Decidiu levar sua família junto, porque seria bom para sua filha ver como era a vida no interior. Só assim, ela deixaria de ser tão mimada.
Ela não gostou nada da ideia de se locomover para tão longe. Seus pais a obrigaram a aceitar isso. Eles se instalaram rapidamente em uma casa modesta, sem muito luxo. Na pequena cidade, havia somente o básico para se viver. No começo, Bibiana reclamou muito. Não demorou muito a perceber que tantos lamentos de nada adiantaram. Ela pediu aos pais a oportunidade de continuar seus estudos superiores em uma cidade a 50 Km dali. Permissão concedida, a rotina se instalou: sair cedo de casa e almoçar em um restaurante. Coincidências à parte, ela trocava algumas ideias com o simpático garçom que a servia. Não tardou para que a moça ficasse perdidamente apaixonada por Renan (esse era o nome do simpático atendente).
O jovem era um ano mais velho que Bibiana. Tinha beleza física e bom discurso. Morava sozinho porque não aceitava a forma que sua família ganhava dinheiro.
A filha do casal resolveu apresentar o moço à sua família. Afinal, ambos compartilhavam de sentimento amoroso.
Martim não aprovou a escolha da filha. Motivo: a investigação era exatamente sobre a família (desviava dinheiro público em benefício próprio) de Renan. Quem sabe esse moço não fosse parte integrante das falcatruas?
Bibiana explicou a seu pai que o seu amado nada tinha a ver com o esquema fraudulento, tanto é que morava sozinho e ganhava seu suado dinheiro como garçom em um restaurante.
Como não podia deixar de ser, o pai confirmou a narrativa da menina e permitiu que ambos ficassem juntos e, melhor, pudessem se casar.
O pai da menina chegou à conclusão de que nem todos são iguais. Não era por que a família de Renan era desonesta que ele seria também.

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