domingo, 20 de novembro de 2011

Escrever para não praticar. Situações hipotéticas. (Anna Ribeiro)

Meus sofrimentos e eu
Dia 09 de setembro, meu aniversário, era noite. Estava me arrumando para sair com minhas amigas. Completava 13 anos.
Meu pai fora buscá-las, ao me ver, disseram que eu estava gorda com aquela roupa. Fiquei muito triste, quando perceberam, pediram-me desculpas.
Depois desse fato, comecei a me sentir realmente gorda. Os meninos colaboraram dizendo que eu estava fora do peso: uma baleia, um dentuça, ou seja, a própria Mônica. Meu sobrenome também era motivo de piadas.
Pedro Henrique, esse é o nome do malvado, disse que eu era a baleia orca, que eu era burra, feia, chata, brava e muitas outras coisas. Cheguei a casa e chorei o tempo todo. Minha mãe mal havia entrado em casa, contei-lhe tudo. Mamãe confirmou que eu estava gorda. Quanta sinceridade!
No dia seguinte, fui à casa de Célia, minha vizinha. Relatei-lhe todo o episódio. Ela prontificou-se a encontrar um bom psicólogo para mim e uma nutricionista. Pedi-lhe segredo.
Nas consultas com os profissionais, achei-os excelentes. Apesar deles, continuava a sofrer bullying na escola.
Em casa, descontei toda minha frustração na comida. Senti-me péssima. Usei o dedo para vomitar tudo. Tal prática virou rotina na minha vida: comida e dedo na garganta.
Os profissionais, através de medicamentos, tiraram a bulimia de mim. E, melhor de tudo, emagreci 7 quilos. Sinto-me bem melhor.

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